Powered By Blogger

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rimas de Sangue

De todos os teus amores, sou eu o mais esquecido
Talvez tudo isso pudesse até rimar com infinito
Mas infinita é a confusão que me assola
A noite irradia sobre mim correntes de solidão

Virou avalanche, derrubou minha casa, invadiu meu mundo
Ei! Muito cuidado ao pisar no solo do meu coração
Se tu pisas com força, deixarás crateras que vão sangrar
Sangrando já estou e eu preciso me curar com muita pressa

Dormindo eu não sei se sonho ou vivo
Acordado não sei ainda como sonho o que não vivo
Você vai até a janela, mas nunca me vê passar na rua
Estou à porta da tua casa, mas você não me ouve chamar

Você nunca me ouve chamar e agora eu sei que não está em casa
Onde eu vou te procurar? Quais lugares você vai que eu possa te ver?
As luzes incendeiam minha nova casa, mas eu não te ouço chamar
Eu não te ouço chamar, mas hoje eu estarei em casa, estarei na janela

Será que eu te verei passar? Ou passarás por aqui com teus passos largos
Onde irei agora? Me vejo tão perdido, será que vou me encontrar?
As portas estão todas fechadas, por favor! não feche as portas
Me deixe ficar, mostre-me razões que me façam ficar, eu não quero ir

Se você pudesse ver, se você pudesse...
Estou aqui esperando... esperando algo que venha de você
Mas você nem percebe que eu estou tão perto...
Estou tão perto e não, nunca te alcanço...

Estou esperando... esperando algo que você tenha a me dizer...
Não eu não quero que me esqueça, mas eu estou me distanciando...
Maldito silêncio, não pode mais ser quebrado, e eu não posso...
As palavras são tão pequenas e vão se perder, as palavras em vão...

E eu estou descompassado, sozinho aqui trancado, até quando?
Tentando me proteger do que me aflige a alma, tentando me proteger dos pensamentos
Eu te amo, não posso fugir disso, eu te amo, não quero ser esquecido, eu te amo
Talvez tudo isso pudesse até rimar com infinito
Mas infinita é a confusão que me assola

Ana Maria


Nenhum comentário:

Postar um comentário