Céu escuro, madrugada cálida sem fim
Tateando sonhos incontáveis, caio em mim
Envolvido nos lençóis do tempo, um rastro da tua voz
Frio maldito, prende-me entre as trevas, um rio atroz
É infindável... no espelho, imagens distorcidas me perseguem
Será que o sol ainda virá? Estou realmente perdido, meu bem
Esperando o mal que me cura e isso me corrói até os ossos
Numa dependência pior que entorpecente, despencando em poços
Por favor, diga-me palavras que tenham sentido, deixe-me esquecer
Todas as estrelas agora resumem-se a um brilho fosco sem saber
Desprezível mentira é a minha paz, roubada, violada e mascarada
Como vou parar agora? Sem início nem fim jaz a minha dor segregada
Venho de uma longa jornada ao mar, estou cansada amor, cansada de te amar
Sigo desejando que os dias sejam rápidos, imagino cores e sons e um lar
Borboletas verdes bailam sutilmente sobre as rosas vermelho-sangue
Tão longe estou não irás me alcançar, tudo agora é uma triste canção, esperando que se apague
Ana Maria
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