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domingo, 31 de maio de 2015

Face do Inverno

Caberá a todos os olhos a procura
A pronúncia dos lábios e a conexão do ouvir
Será a mais pura forma de inconstância
O ar rarefeito e as nuvens esparsas
Distribui-se nas asas novas razões de seguir

Todos os enigmas chegam e pousam no topo
As árvores cantam, mas poucos podem ouvir
Alerta, alerta a espreita, na escuridão está a cadeia
Livra-te da face do inverno impreciso e vai

Grandes são as grades, mas como prendem o vento?
Chegam devagar, dominam e querem afogar
Mas não há água nos céus e o oceano é negro e profundo
As rosas ferem o sangue que gota a gota se vai

Que o nova realidade desnuda e viva nasça
Que a morte abandone as ruas e dê lugar ao pulsante dia
Eu desejo as folhas do outono e um pouco de chuva
Navegar tranquilo entre os continentes ver o novo azul outra vez e ter um arco-íris em cada universo meu...

Ana Maria Vieira

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