Seguem os risos e a rua está cheia de gente
Meu corpo segue em pressa ao desafio de viver
A falta é uma faca, cortante, incessante e intensa
Dor e dor e mais remédios, mas nada cura o meu desejo
Teu rosto se impõe nos meus sonhos me traga, me traz
Teu corpo é uma onda do mar, uma ilha deserta
A falta sangra nos meus poros, pesada, insana e infeliz
Pronto a fugir como as águas assim estou, quero escapar!
Te odeio toda vez que olho e te vejo perto
Te amo e por um minuto creio na verdade dos teus lábios
Amanhã, talvez eu consiga dizer, mas é melhor silenciar
O que mais direi, a não ser me retirar devagar...
Sem alardes, sem barulho só no mais puro silêncio
O que ainda é meu no teu mundo? Nada, nada mais que palavras vãs
Eu vou seguindo... Tantas ruas, tantas coisas eu vou tentar
Tenho que ir e mais uma vez não vou te levar
Não poderei dizer do meu coração, fronteiras construiste entre nós
Por um momento meu desejo é que você fosse desconhecido, mais um que passa
Infelizmente não é, não posso apagar, infelizmente infeliz...
Ana Maria Vieira
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