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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Insignificância Aturdida

Ligo-me a algo que parece caminhar tranquilo no futuro
Tento não aparecer na realidade do presente momento
Não pra me iludir, mas afastar o rio que me persegue os olhos
Toda vez que o vejo numa nova direção, as flores secam

Seria, então, estar perdido? A morna sensação do dever cumprido
E no vazio da noite, haverá explicação palpável nos últimos dias?
O cansaço não corta a insignificância aturdida pelas sombras ilusórias
Parece loucura a todo instante este pensar absurdo, sem razão alguma

Despencando a toda força do mais alto da fonte, imprecisão fabricada, cavada no profundo
Todos os momentos desbotam como a roupa antiga, hoje descartada
Saudade e solidão são algozes da minha alma, não vejo saída, nem caminhos pra fugir
Apenas uma longa e árdua realidade fere-me cada sonho, a fria espera congela-me as mãos

Há tanto a dizer, não sei como falar sem motivos vou calando, calando, calando até morrer
Tantas luzes acesas, não encontro a solução, meus olhos clamam inflamados pela cinza correnteza
Ah! Tudo tão nada, nada de tudo, tudo sem nada, nada, nada, nada,
As folhas caem, mortas, também revolvem-se como eu, preciso com pressa despertar, aliviar o nada do nada sem nada


Ana Maria

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