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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Impassível

Rosas despertam orvalhadas pela chuva sutil da madrugada
Meu olhar descansa mirando um horizonte colorido
Você me olha como se tentasse me despir dos enigmas
Somos tão próximos e tão distantes como o silêncio

E o silêncio não tem passado ele apenas é, assim translúcido
Um invisível som do nada tomando conta de todo o ambiente
Meu pensamento se distrai entre as brumas de uma lembrança
De noite temos a lua tranquila, sinto meu amor que não é meu

Monstros e sereias em mares agitados vivem em segredo
A mais perfeita loucura é este amor que me toma por inteiro
As portas se fecham, tenho as mãos juntas numa oração aflita
Ainda tento matar em mim rastros deste amor incansável

Será que não te cansas amor de bater tanto assim no meu coração?
Pra onde levas os passos dos que se perderam de amor?
Amor, amor, amor quem está imune aos teus laços?
E assim se vão os dias nas mãos de um tempo amargurado...

Ana Maria Vieira

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