quinta-feira, 10 de maio de 2012
Tulipas Vermelhas
Final da tarde, sonhos distantes, reflexos sem espelho
A luz intensa do meu olhar brilha nos quatro cantos da escuridão
Eu canto a minha própria leveza de ser assim, sem começo nem término
O desregrado caminho no invólucro do meu ser, trilho passo a passo
Será descontrole, imprecisão, devolução, distensão, intenção?
Noite longa e amarrotada como a camisa há tempos guardada
Ilusionário imaginário perdido, até onde você se conhece?
O que tocam tuas mãos, quando realmente tocas?
Não existem segredos e mistérios maiores que os teus
E os enigmas indecifráveis das tuas palavras soltas
O que realmente eu toco quando toco minhas recordações?
Podem saber que a salubridade de meus pensamentos é intolerante
Mas o que importará aos outros a voz da minha imaginação oscilatória?
Quando tudo é mar, talvez não seja oceano, se você vê o arco-íris
Consegue entender como vicejou nesse universo a luz que procuras?
Ou, talvez nem queira saber da originalidade e veracidade dos fatos
Quantas e quantas vezes engole as inverdades sem regurgitá-las?
Digere o fogo veemente consumindo pouco a pouco o veneno dos teu lábios
Como atenuarás a tua existência, se tu não poderás, jamais enganar-se a si mesmo?
Navegarás nas ressecas areias do destino, sem volta ou sem vulto, veja bem!
Ana Maria
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