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terça-feira, 10 de maio de 2011

Entre Rostos e Chuva

Os pingos de chuva desabam pouco a pouco desse céu infinito
Na janela vejo teu rosto, desenho perfeito, colorida pintura do meu ser
Sim, os dias são de paz, são de guerra, nem nasce, pelo menos se cria
Meu universo, segue valsando e versando, toda agonia que nele pode habitar

Teu rosto entre os pingos de chuva, no toque dos ventos, pensamentos apenas
Eu vi você entre as nuvens e sorrisos, sólido e vivente e preciso
A minha alma enobrece dia após dia, vivendo de um gentil horizonte de um abril florido
É tão longo o viver sonhando, todo o lamento não vale a pena se olhares bem, tu verás

Nem sempre a chuva regará nossos jardins, alguma vez irá matar o que se colheu
E milhões de oportunidades de sorrir terás, mesmo que ainda exista a solidão
Novamente teu rosto, se confunde em meio as tantas imagens, eu sei o caminho é bom
Os pingos de chuva, o rosto, o caminho tudo pode mudar, está a meu dispor, a meu pensar

Ana Maria

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