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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dias Infindáveis

Mente pesada, sossego findado, quero e como quero acordar em outro dia
Mas os dias repetem-se, as luzes se apagam, não me reconheço, calado num canto
Castigantes dias infindáveis que me matam minuto a minuto nesta sala vazia
Corro pelo mesmo itinerário querendo chegar num lugar diferente

Talvez para o meu caso não exista solução
Se os sonhos se perderam, pelo que lutarei?
Não haverá sentido no abrir e fechar de olhos, não há necessidade de acordar amanhã
O sol esfriará meu corpo se nã o esquentar uma noite gelada de setembro

Um pingo de esperança, uma gota de fé e tudo poderá mudar
Mas até onde o corpo pode aguentar os açoites da vida?
E uma vida pequena, encarcerada correndo em cada veia, num sangue infeliz
Coração bombardeando um milhão de emoções caladas, mortas e acabadas

Ana Maria

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