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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Infindável Solidão



Solidão, bebida amarga a mim servida em taças de ouro
Onde me encontrar? O universo girando ao contrário
Doce ilusão, onde poderei te encontrar, nessa imensidão?
No teu silêncio, me negas sem nunca ter dito, sequer um não

As noites são testemunhas de quantas vezes eu me escondi
Se me amastes um dia, sim me amastes um dia, dê-me solução
Infindável sonho, percorro perdido caminhos tortuosos, retornarei
Não posso mais, em tuas idas e vindas permaneço a observar

Fostes minha dor e prazer, inferno e céu, a paz no caos
Nada encontro no tumulto dos olhos teus, nada dizem
Oh! Meu perdido amor esta lamentação da alma minha
Precede meu sorriso, contamina meu olhar clama do meu sangue

Sigo de passos trocados com esta maldita saudade insistente
Ah! Como é difícil permanecer assim, nesta frieza constante
Os dias mais parecem correntes, estou preso, sufocado, indignado
Onde estão as luzes? O céu encontra-se escuro, a tempestade se aproxima...

Ana Maria

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