Dúvidas me perseguem a todo instante, não consigo compreender
Até onde iremos nessa imensidão? Não julgue o meu amor desarrumado
Se eu não sei dizer, se não sei fazer, se talvez eu não saiba te amar
Liberte-me desta pressa pelo teu abraço, dos teus olhos indagantes
Todos os dias, em frente a tua casa, observo-te meio de longe
Acho que não sabes, que estou circulando tão perto, não sei
Tantas coisas em teus pensamentos, confuso como sempre...
Chegando e saindo teus amores tão efêmeros e imprecisos
A vontade que me dá de parar meu universo apressado e esperar
De dizer e dizer o que eu sinto mais uma vez, e mais e mais
E residir nos sonhos, nos quais és minha realidade mais suave
Mas, tudo é apenas sonhos, sonhos imperfeitos e maravilhosos
Fomos embora sem ter direito ao adeus, nos abandonamos e só
Você me disse: -Acabou! sem nunca proferir uma despedida
Nunca me fez crer que entre nós, este amor morno acabaria
Devo, então te transformar em amizade e assim poderei ficar...
Ana Maria
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