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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cartas Ao Meu Primeiro Amor (Cap.5)

Tudo que eu mais queria é que você falasse comigo, não precisava me encontrar, acho que você quer que eu permaneça assim como estou em completo silêncio, mas esse silêncio me mata, me incomoda tanto, não poder mais falar com você.
De vez em quando assisto uns filmes, seja no cinema ou na casa de uma amiga, às vezes são românticos e me fazem lembrar de você, dos momentos que estivemos juntos e que se foram há muito e ficaram no tempo perdidos, sinto sua falta, apenas queria te ouvir, sei lá, saber como estás. Esse silêncio vai me matando... Acho que nunca mais voltarei a te ver, nem falar com você, às vezes não acredito que isso aconteceu, acho que está tudo bem e que te verei em breve... Por favor! Não me impeça de sonhar, pois é o que me faz sentir melhor. Isso é só pra me aliviar a dor, trazer você pra perto, apenas...
Hoje voltei a te ligar até que enfim você atendeu e pude ouví-lo novamente a sensação foi a mesma de sempre,  a mesma emoção, mas não deu pra continuar, então desliguei. Desculpe-me, eu não quero atrapalhar a tua vida, apenas a saudade me persegue, como não posso vê-lo, então eu não quero isso! Não quero que seja assim... Eu juro que quero ficar na minha... Ter que suportar a falta e as lembranças que me perseguem o tempo todo é difícil, é ruim.
Me sinto tão sei lá, a verdade é que sinto muita falta, quanto mais tento me afastar mais me aproximode você, tudo o que carrego aqui no meu peito só faz sentido se você estivesse comigo, ao meu lado, eu acho que nunca poderei esquecer. Lembro tudo, telefone, nome, endereço, não sei porque teve que ser assim. Sonho com você, às vezes me faz lembrar ainda mais.
Sabe, eu não sei o que fazer com isso! Ela terá tudo o que eu não posso ter e talvez mais. Isso é difícil, sabia? Eu luto todos os dias contra algo que é impalpável, é tão mais fácil quando a gente se corta, vê onde está a ferida, trata e sabe que vai passar, tão logo assim que cicatrizar, mas contras as feridas na alma o tratamento é mais complicado, a gente tenta curar algo que não vê...
O pior é que eu sei que dói, mas não sei quando vai cicatrizar, só sei que a melhor parte do dia é quando o sono vem e eu durmo, me desligo de tudo, esquecendo tudo... Mas quando amanhece lá vem as malditas lembranças me atormentar... Durante o dia eu sorrio, brinco, canto, faço o que gosto, mas as malditas lembranças novamente me veem atormentar a mente...
Você está sempre em silêncio, acho que quer me convencer que finais existem e que assim que deve ser a vida, perdemos pra poder achar, mas é que me dói tudo isso, me dói saber e eu não consigo entender, como é que se desiste sem nunca ter tentado? Me explique... Como é que eu perdi se nunca o tive como meu? Perdi sim, o que nunca tive...

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