Procurando novos versos encontrei antigas palavras desalinhadas
Li minha vida e as possibilidades, decidi e voltei a duvidar do que pode ser
Rasguei umas amareladas folhas do passado, outras preservei intactas
Atirei no escuro e acertei em qualquer alvo, mas nada mudou
Outro dia me inicia e também vai embora, sem razões a noite chega
Na sola do sapato, restos de caminhos por onde passei, onde não fiquei
Nesta imensa confusão, o céu escurece e chora toda sua mágoa sobre mim
Um início que não tem mais fim está tão próximo que não posso enxergar
Onde está o sol de vida para iluminar meu sangue aflito?
Meu coração em cada batida exala dissabores e desesperanças mil
No introspecto profundo de meu ser é onde dá pra ficar melhor
Isolado de tudo até de mim mesmo numa ilha distante da costa, tão solitária e vazia
Como fruto que não vinga, inda verde de sua árvore se perde e o solo é seu fim
Assim, minhas tentativas, alegrias e forças morrem todos os dias
Mas eu ainda posso ouvir a música que vem no vento e nas águas cantando cantando...
Para onde ir? Novamente volto a me indagar para onde viver, para onde?
Ana Maria
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