O amor nada mais é que uma saudade pra matar
Uma estrela, o longo caminho de um viajante a guiar
A casa, onde cada coração aflito reside e pode, enfim descansar
O amor é aquele que nenhuma dificuldade pode abalar
O amor nada mais é que uma dor sem remédio que possa aliviar
Sonho, que nenhum amanhecer pode fazer despertar
Infelicidade aos que na estação solitários estão a esperar
Furacão, que toda uma cidade faz desmoronar
O amor nada mais é que despir-se dos preconceitos, dos limites, das roupas
É acreditar que os momentos serão eternos e as mãos pra sempre vão se unir
E abrir os olhos e descobrir que o eterno é mais curto do que se pensava
Depois de algum tempo, enxergar que o mergulho no mar maravilha, na verdade era mar mentira
O amor nada mais é que o caminho mais curto pra um momento feliz
No toque dos lábios provar o doce sabor do ser, da proximidade, do fervor
Abandonar seu lugar pra que outro alguém venha ocupar
Envolver-se no balanço do novo instante sem ouvir a razão
O amor nada mais é que a linda flor que murcha pouco depois de ser colhida
É olhar ao redor e tão somente enxergar o belo e o perfeito
Gastar o tempo a imaginar, sem perceber que o tempo realmente passa
Ouvir uma nova e linda sinfonia a cada dia
O amor nada mais é que estado mais inebriante de um ser
É o melhor presente que você pode dar ou receber
É o mal ou o bem que de uma forma ou de outra te alcança
Ele é o imperador de todos os sentimentos e o dono das emoções
O amor nada mais é que o inexplicável, inesquecível, imprevisível, único
Ele é a luz, a contradição é uma palavra, um gesto, um dia, todo o zelo
Ele de nada depende, é livre, é saúde, é doença, é saída, é imperfeito
Sobrevivente do naufrágio, da queda, das ilusões, dos ventos, tudo explica
Afinal, o que é o amor, de onde ele vem e pra onde nos leva?
Quem poderá então responder? Você nunca saberá e eu... também não, mas...
Quem sabe um dia descobriremos...
Ana Maria
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