Eu vou pra lá
Onde endereço não há
As casas não são compradas
E as luzes não são apagadas
Sonhos não se alugam
As chuvas não alagam
Vou tão rápido quanto o vento
Pra ver se ganho um pouco de alento
Apenas lá posso voar
Sim, poderei me encontrar
Me traduzir, me olhar, viver
Felicidade é real eu posso sentir, crer
Toda dor se desfaz, o peito torna-se leve
A esperança é tão alva quanto a neve
Minha alma livre flutua nas nuvens, alto
É possível ir de um país a outro num salto
Não se ouvem gemidos de dor
Somente lá tem sentido o amor
Jamais sentirei o vazio da solidão
Ninguém poderá partir meu coração
O arco-íris tem cores cores inéditas
E o dicionário, palavras nunca ditas
No paraíso dos perdidos: um novo som
Ecoa no peito, trazendo um novo tom
Ana Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário