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terça-feira, 5 de julho de 2011

Aprisionado

Derramo-me segundo a segundo, assim como faz a chuva lá fora
Aqui dentro só revolta, revolve-me o peito ainda prefiro a solidão do vazio
Nada e nada além da ausência de mim mesmo, ou de qualquer outra coisa
Meus pensamentos, apenas reflexos, sem espelhos, sem rostos, desconexos

Não encontro o sol em nenhum lugar, onde será que vai amanhecer?
As canções só me dizem o que já sei, repetem minha dor horas seguidas
Queria poder sair, mas aprisionado estou, o que acontece do outro lado?
Será que há tanta graça assim, como penso que possa existir?

Lanço as redes ao mar escuro de ondas pesadas, mas tudo em vão, as redes voltam vazias
O que fazer? Paz, onde está a paz da minha alma? A minha paz tão desejada
Ninguém é culpado, além de mim mesmo pelo que eu nem sei, só sei que há culpa
A angústia em meus passos se espalha em meu corpo, em minhas palavras, tenho medo de não poder sair

Todos os dias tento restaurar-me do caos, redirecionar-me a um caminho novo
Toda esperança padece, nada acontece que modifique meu coração, que ilumine meu sorriso

Ana Maria

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