Dizem que a esperança é a última que morre
Outros, acreditam que ela nunca morrerá sozinha
Eu já nem sei como é ter esperança, esperar o que não vem
Só sei o que é cair sozinho, permanecer em silêncio, aguentar o peso
Sorrisos pra disfarçar a monotonia de uma vida estagnada no mesmo ponto
Alma ancorada no mesmo porto, lavada nas pequenas ondas do viver
E o que é ser triste, quando não se tem nem motivos pra chorar, quando nada existe?
O que fazer, se agora tudo é escuro, se a solidão é o que permanece?
A vida só vale a pena se você não a disperdiça, se a vive como deve ser
Se na vida não há vida, então como há de ser?
Deixará, pois de ser vida pra ser morte plena, morte em vida, se de vida ainda a podemos denominar
Valerá a pena viver na janela, ou é melhor dela despencar até o vale?
Esquecer o que não se tem, que o céu inda pode ser alcançado
Será que esperança ainda existe na imprecisa vastidão de mim mesmo?
Sou louco, pra sempre serei louco incompreendido por tantos, sozinho comigo mesmo
Simplesmente e definitivamente o que há pra esperar dessa vida estacionada?
Ana Maria
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