No Balanço Sublime Da Vida

E quantos caminhos existem na terra que não sigam teus passos?
Quantos passos darei para que teus caminhos não me sigam?
Quantos satélites descansam em rotação no teu planeta?
Como podes ser encanto e temor, como podes ser, como?

Quem não te conheceu, nada sabe das interrogações, nunca irão saber
Quem sabe o que será, quem sabe onde estarás, não dá pra saber
Por trás dos sorrisos e dos sonhos tudo se pode encontrar
Tuas luzes, brilho perolado, céu escuro, estrelas perdidas

Até quando meu bem, até quando irás procurar o que já encontrastes?
Flores perfeitas não existem, as rosas sempre machucam, a dor sempre existirá
Toma teu caminho, pare um pouco, pare as divagações, sossegue a fome, pare!
Não atropele o amor, não se atropele, deixe a vida ser o que é, deixe ser

A lua exige todo céu que possa existir, nos imensos mundos lá fora
O que tens pra me dizer que antes já não o tenha dito, o que te direi?
Palavras outrora repetidas, perdidas, esquecidas, tanto tempo se foi
Tanto amor se perdeu nas suaves mãos do tempo, no balanço sublime da vida

E quantos caminhos existem na terra que não sigam teus passos?
Quantos passos darei para que teus caminhos não me sigam?
Quantos satélites descansam em rotação no teu planeta?
Como podes ser encanto e temor, como podes ser, como?

Ana Maria