Você nunca me prometeu sorrisos, no entanto ganhou o meu instantaneamente
Você nunca trouxe flores, mesmo assim em tuas mãos havia aroma das mais singelas e desconhecidas flores
Você nunca prometeu o infinito, mas me trouxe o "enquanto a beleza em nós durar"
Você nunca quis ser o sol, mas iluminou meu mundo de forma que ele nunca mais foi o mesmo "aluno"
Você nunca se foi completamente, levou-me, trouxe-me, às vezes quis que eu ficasse, mas sempre partiu
Você nunca deixou a canção acabar e você nunca prometeu que iria durar mais de três minutos e meio
Você nunca soube o quanto eu poderia voar, mas sabia bem que o tempo um dia ia passar, tão rápido, tão curto
Você nunca me perguntou onde eu iria com minha busca incessante de mim, mas sempre me ouviu falar
Você nunca prometeu que o universo suportaria a grande tempestade, mas se esqueceu de me deixar o guarda-chuva
Você nunca permitiu minha aproximação integral, contudo quis que eu fizesse parte e apenas parte do mundo confuso, quase inatingível
Você curou as feridas e tornou a abrí-las, no entanto às vezes procurou saber, novamente as quis sarar
Você nunca prometeu que eu não iria chorar, mas nunca esteve aqui, não pra enxugá-las e sim pra dar-me motivos de não derramá-las
Você nunca prometeu amor, mas foi conivente que ele me tomasse, que fosse teu sem que teu ele seja
Você nunca prometeu realidade, mas deixou que minha realidade fosse sonho, nada além de um sonho destes que a gente acorda pra viver
Você nunca me prometeu modificar minha paisagem, mas sacudiu meu mundo em tantos graus
Você nunca prometeu que ia ficar, mas você nunca prometeu que iria, você nunca prometeu
Ana Maria
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