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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estrelas, solidão e Eu

O dia parece tão longo e a noite mais silenciosa
Olho as estrelas, observo o brilho que cada uma emite
Eu espero ver uma cadente pra poder pedir algo
É apenas superstição, eu sei, mesmo assim eu peço

As estrelas são tão solitárias, apesar de seu brilho irradiar todo o céu
Lembro-me, então, de mim mesmo, comparo-me a elas, nossa solidão é semelhante
Mas logo, lembro-me também que nunca estou só, sempre há algum anjo a cuidar de mim
Não, não aqueles estereotipados, com asas grandes e cabelos loiros cacheados
Contudo sempre serão anjos, meus anjos queridos, meus anjos sem asas

Mesmo que as lágrimas insistam em laver-me o rosto, eu sei, lavar-me-ão também a alma cansada, ferida
Se as minhas forças parecendo frágeis se forem hoje, amanhã, logo ao amanhecer a mim virá novo sustento
Olharei os campos e verei novos horizontes, com os mesmos olhos que ontem derramaram um temporal em pleno verão
Chegarei, descasarei alguns minutos da vida, quem sabe onde a vida pode dar? talvez não leve pra longe, ou traga mais perto

Sempre falo de solidão, mas é a solidão que bem fala de mim, vai de ouvido em ouvido até me acordar
Eu vou me acordar, sei que ainda sonho, mas meus anjos estão a cuidar de mim, meus anjos estão a me cuidar

Ana Maria

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