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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sobre Alívios e Anseios

Eu sempre quis que o tempo me dissesse onde ir
Que as ruas levassem meus pés onde o meu destino pudesse se encontrar, encontrar um novo caminho
E as ondas do mar me trariam mais sorrisos, além do meu corpo lavariam a minha mente
Mas é exatemente aqui, que hoje estou e mesmo assim ainda espero

Um desejo antigo atravessa as barreiras que imponho dia após dia
Eu sigo, terminando os dias, namorando a nova lua cheia, flertando com as estrelas cadentes ou esquecidas
Me reconstruo, desfaço as malas antigas, de antigos planos, decido um novo caminho
Cada passo estreito me atrasa, me aproxima do novo segundo e eu quero, eu o quero alcançar

Procurando minuciosamente entre as folhas secas do caminho, onde o vento faz pequenos redemoinhos
Eu anseio, sim, eu anseio uma novidade, um sonho consciente em meio as minhas mil loucuras
Uma melodia suave, soa ao nascer o dia, me envolve, transforma-se no som do meu coração
Já não preciso de explicações pro que sou e pra tudo o que sinto, posso respirar tranquilamente

Eu sempre quis ter asas leves como as de uma borboleta, pra alcançar jardins mais distantes
Quem sabe alcançar teu jardim e bem cuidar dele, regar as flores, tirar as pragas, plantar uma rosa, rosa essa nunca antes vista, desconhecida
Me reinventar, te conduzir, permitir ser verdade, abandonar o medo, medo de não ser, medo apenas esse medo
E eu vou, vou viajando entre alívios e anseios... dentro de mim... fora do meu mundo... longe...

Ana Maria

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