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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Essa é minha condição estranha

Escuridão é o que vejo da minha janela, não! ainda não é noite, mas o sol não mais me alcança
Encontro-me perdido, num mar profundo e agitado, o barco quase em naufrágio segue, tantas avarias
Minha alma constantemente grita, minha mente gira 360º não sei se ainda volto pra mim, eu ainda não sei
Angústia e isolamento, indagações sem resposta a cor de meus sonhos já não é a mesma, ah, qual é a cor de meus sonhos?
Estou aprisionado, idealizo uma liberdade eu a desejo assim como desejo ver de novo a luz do sol, como desejo!

Sedentos por paz corpo alma e coração revoltam-se, falta-me o ar, falta-me a luz, falta-me a dor
Não sei mais o que dizer, as palavras faltam, estou em guerra comigo mesmo, estagnado
No último vagão do trem viajo sem paradas vou pra qualquer estação não me importa se é aqui ou não
Que horas são? Perdi meu relógio há muito tempo atrás, há muito tempo perdi a hora de chegar

Que dia é hoje? Em que ano estamos? Qual o endereço que estou procurando? Como eu chego lá, como eu chego?
Onde mora a minha vida? Onde eu moro? não sei mais quem sou, nem onde ficaram os sorrisos que abri
Tudo que eu falo fica perdido na estrada, tudo o que eu quero é: não me perder, não cair

Onde irei hoje, pra que nada me acompanhe a não ser aquilo que guardei de bom
Mas o que é bom? E a essa altura nem sei mais o que é bom, nem sei o que levar
Ficar quieto nem sempre é o que preciso, essa é minha condição estranha
É esquisito não saber, nem tentar, é esquisito querer gritar e silenciosamente calar-se

Ana Maria

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