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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Onde estás?

Onde está teu sorriso? O sorriso irradiante, a minha paz advinda de ti
Teu sorriso que muito mais que alegria me trouxe, foi uma invasão de sentimentos em acordes perfeitos
Queria poder ter este teu sorriso mais uma vez, saudá-lo como sempre fiz
Onde será que escondeu-se teu sorriso, sol do meio-dia? Por que te abrigas nesta tão forte chuva?

Onde viaja teus olhos? Hoje tão fixos no chão, tão perdidos
Só vejo tristezas ao longe, na distância, no abismo entre a vida e o que restou dela
Parece que cegaste a vista,  mesmo de olhos abertos nada podes ver, nada
Como ficaste assim? A viver a vida por tão pouco, a aceitar que as cores não mais existem

O que tocam as tuas mãos? O que procuras nesta velha gaveta do passado
Não vês tu que passas despercebido no presente, aprisionado ao passado, aprisionado em ti
Tira tuas mãos desta gaveta, feche estas pastas, deixa os mortos descansarem, cada um em sua época
Não te afundes neste lago tão raso, não há mais tempo a perder com isso, não há mais

Ana Maria

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