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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estou Virando Passado

Será normal, achar que o dia claro e verdejante se resume a uma nuvem escura?
Quando você corre o mais rápido que pode e nem encontra o destino, quando se envenena e é tarde demais pra buscar a cura
É preciso haver uma dor para provar que a vida existe, que a ação é eficaz?
Dormindo na cama muda, caindo do sonho em escala de cinza, estou me perdendo, pensamento que não apraz

Como vingará a esperança nessa terra árida, onde não há sombra, nem água que a refresque?
A fé move as transformações, os pés e as folhas, o caminho é longo demais e os planos tão curtos pra que o fruto seque
Olhos abertos, boca fechada só os pensamentos ativos, migram por todo o corpo, estou me perdendo o que fazer agora?
Cobrar, ou culpar? Seja o que Deus quiser, ou simplesmente não seja, nada justifica, nada se justificará e a essa hora...

A única coisa que cai do céu é chuva, raio e trovão, estou me perdendo, sei, o bem vencerá todo mal que ainda resistirá
Desanimar é da vida quando tudo não vai muito bem, tudo pode estar errado porque o desânimo não faz bem, onde iniciará?
Tudo que eu digo não faz tanta diferença, perante o que eu penso, porém sou apenas um, mesmo assim, eu ainda me importo
A vida tem, sim um motivo de pairar no mundo, desembarcar nessa rota instável, a qual enfrento todo dia comportado

Será normal, vontade de sair por aí, encontrar minha vontade de dizer, fazer? Estou ficando pra trás, to virando passado
Algo sem começo, nem fim, to me perdendo, to perdendo a hora do filme começar, esquecendo o que levar ao lado
O futuro assusta aqueles que não vivem no presente, quero ouvir agora aquela canção, sem me preocupar
E que o meu sorriso não seja uma capa, cobrindo a tristeza ao invés de retirá-la, espero que o dia amanheça, antes de eu me mudar

Procuro na infinitude de meu ser, algo que possa ser, que mate a sede que faça dar certo
Luto, luto, luto contra tudo e contra mim, nunca consigo me encontrar, nunca saio dos labirintos do deserto
Oh! Já não há mais o que fazer aqui deste lado, já não há, não há, estou me perdendo, tentando escapar
São poucas as soluções eficazes pra vidas assim, de corações que palpitam sangue contaminado, angústia, angústia e nada mais, não enxergo nada além, nada além do mar

Ana Maria

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