Acendem-se as luzes da cidade em plena manhã de sol claro e fervilhante
Eu passo a pensar no que eu posso, no que faço, em cada passo, esse laço e um embaraço
Se acender em mim toda a luz da cidade garimpada por tantos desejos
O que irá mudar? Inda serei o mesmo enfincado no som alto de minha paixão
Ultrapassando lentamente a corrente, ou a avenida, mudando o lado, o caminho e a estratégia
Acende-se minha respiração, um novo aroma invade-me não é de flor, nem de orvalho
Me aguardo voltar da caminhada para a mesa vindo de trem, ou de barco de qualquer lado
Inventando as rosas escondidas, recuperando as canções perdidas na órbita da solidão desmedida
As nuvens acariciam o céu, pálidas e tão firmes, vestem o sol, apagam estrelas suavemente
Mas a chuva vai cair, sem que alguém perceba que as nuvens, choram e gritam sua dor
Estarei seguro em minha casa, janelas abertas, portas fechadas, se você vier pode bater
Atenderei teu chamado, mesmo que calado tudo for antecipado e eu não for amado
Ana Maria
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