E se eu te disser que não acredito no amor a dois, o que me dirás tu?
Me acusarás de ser insensível, cruel ou covarde?
Poderás tu me acusar? Diga-me então, vale a pena?
Pois pra mim já não vale, é perda de tempo, é perda
E se eu te disser que não acredito na veracidade das palavras doces, o que me dirás tu?
Me acusarás tu de ser insensata, amarga, infeliz?
Poderás tu acusar-me de tal coisa? Diga-me, vale?
Pois pra mim já não mais interessa, é falta do que dizer, é falta
E se eu te disser que não acredito nos amores que criei, o que me dirás tu?
Me acusarás de ser ruim, louca ou esquisita?
Poderás tu me acusar? Diga-me, então vale a pena?
Pois pra mim já não importa, é ilusão apenas, é ilusão
E se eu te disser que não acredito nos beijos dados ao fim da tarde, o que me dirás tu?
Me acusarás tu de ser desleal, feia ou deprimida?
Poderás tu acusar-me de tal coisa, querido? Diga-me, vale?
Pois pra mim já não é mais emocionante, é pernicioso demais, é pernicioso
E se eu te disser que não, eu não acredito nesse meio amor que em oferecem, o que me dirás tu?
De que me acusarás agora? Milhões de adjetivos passeiam em tua mente, eu sei
Condenar-me-as tu a solidão intensa, permante e sem solução?
Pois pra mim não tem mais jeito, não mais, é desperdício, é impossível
Ana Maria
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