Powered By Blogger

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fundo, Profundo e Extenso

De onde será que vem esta tristeza, assim tão de repente?
Quem pode, então me dizer, o que fazer ao encontrar-se com a serpente?
E quando se toma o caminho errado, e os atalhos não podem rapidamente levar ao caminho certo?
Você sabe onde está agora? Você sabe pra onde ir? O que faz quando sabe que já se perdeu? A vida dirá, se és esperto...

A vida não é tão doce quanto parece ser, a alegria é efêmera, depois do show, ao final do dia você voltará pra casa sozinho
No coração acontece sempre alguma revolução, compreendida ou não, a explosão é inevitável, o infinito é vizinho
O que fazer? O que será que ainda dá pra fazer? Onde encontrar a esperança, quando não podemos vê-la, nem tocá-la?
O que vai sobrar deste dia? Apenas as migalhas de um banquete ilusório, de uma luz que otrora fora apagada, agora, como acendê-la?

Onde haverá segurança pra velejar este barco? O mundo é extremamente consumidor, o seu fogo nunca se apaga
As ruas são abismos perfeitos pra profundas quedas, no invisível, no incerto, no oceano profundo, em que solitário vaga
Horas arrastam-se, reiniciam e iniciam o caos total, talvez não tenha mais jeito, este dia precisa mesmo logo acabar
O que tu esperas do amanhã? Como pode alguém ser, assim contraditório, é culpa da vida que não soube me criar?

O que importa agora, saber de quem é a culpa, o destino quis assim, a vida ou Deus?
É mesmo do ser humano querer as respostas que nem ele tem, explicar o que não pode, saber de seus...
Será, na verdade que não sabe, ou apenas omite? Culpar pra que o o céu não desabe na sua cabeça, será fácil?
A verdade é que o rio pode ter mudado de curso há muito tempo e nem se percebeu ainda, difícil


É difícil, sim, acordar na mesma cama, sempre na mesma hora, atrasado demais, pra poder ir em frente
Ver a vida, acontecer lá fora, é esquisito ser espectador da sua própria vida ao invés de ser ator, sentir-se insuficiente
Eu sinto muito, esse realmente é o melhor que eu podia ser? O que seguirei agora, o que ainda posso ser?
Estou aqui, esperando que o sol brilhe, que meus olhos possam ver, que tudo pode, sim, mudar, mas nem tenho tanta certeza, mas o que é viver?

Ana Maria

Nenhum comentário:

Postar um comentário