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quarta-feira, 30 de março de 2011

Infinitude

Meu amor, meu gás, minha graça
Garça planando na infinitude de um novo oceano a cada dia
Livremente a luz penetrante de teu sorriso, embarca em cada porto, em cada volta
Um conto de fadas ou não inventado e invasor norteia as casas, as folhas e os sons

Pensamento, amante, amado
Fortaleza secreta nos olhos da alma, na palma da mão de cada vida
E pra que complicar se tudo aqui já se complica, o que há de mais complicado, não é tão assim
Você e seu espelho tem algo mais em comum que um reflexo de um rosto, de um rosto cansado ao fim do dia

Era pra ser, pra viver, pra começar
Mas, enfim tudo acabou e ninguém nem sabe, como foi o que foi e como há de ser
Toda possibilidade que pode caber nesta mala você leve, não esqueça que não dá pra parar
Eu vi, sim, eu te vi derramar toda chuva que podia vir neste verão, o inverno já se foi, sei, que não há o que falar dele

Os corações, os sentidos, emoções
Se corremos de lá pra cá, nem sempre os caminhos se farão se não existe um passo
Será que um dia compreenderão minhas palavras frouxas, meu olhar impreciso, minha boca extasiada?
Ou, então serei a louca vida que passou, com inspirações infundadas e cara lavada mais que límpida

Minha força, uma alegria, sonhos
A minha força eu já usei com alegria viajando em cada sonho, e as viagens não me cansam
A verdade não me ilude, a fantasia não faz meu irreal ser independente de alguma realidade em vão ou não
Faça o que tem pra dizer, tome sua gota de ilusão e corte em mil pedaços este assunto chato, indefinido, findado, sim

A cama, o quarto, a saída
A solidão é mais cortante que qualquer palavra-faca que possa existir numa língua afiada e indiferente
Ainda assim, serei mais forte que o balançar dos ventos nas minhas folhas vazias e incompletas, mas fortes e intensas
Bom saber que sinto a vida, que não escorrerá nos espaços que eu criei comigo mesmo, dos meus abismos só verei o novo velho ser novo e velho novamente

Ana Maria

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