Vida, vida, minha vida, são milhares de vida de um lado a outro da avenida
Vidas sem vida, sem luz, sem lugar algum que possa chamar de seu, vida banida
Essa vida é de amargar, na boca quase sempre pode adoçar, ou ser apenas uma insípida lembrança
Como é a vida lá do outro lado? Será, será que é mais feliz, será que tem tudo o que sempre quis? Será que há esperança?
E quem um dia explicará essa vida? Quem poderá dizer que não é bonita e é bonita como já disse outro poeta?
Vidas massacradas, um dia esquecidas, superaquecidas pelo forte vento que as aponta como uma seta
São as vidas perdidas, e perdidas por tão pouco, bruscamente arrancadas de seu jardim, desperdiçadas
Oh! Vidas suplicantes, de todos os lados gritam: por favor, deixe-me viver! nos tragam nossas calçadas
Vidas aprisionadas... dentro de si mesmas, algemas, correntes e silêncio total, almejam liberdade
Mas tudo o que podem respirar é o anseio de libertar-se, o quarto está trancado, a escuridão é profunda, recheada de inverdade
Uma vida, um sofrimento, sorrisos reprimidos, sonhos rasgados, inimagináveis recordações
Apenas uma vida, uma vida, nova ou velha, renovada ou não, são as vidas, milhões de vidas viajando em tantas estações
Ana Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário