Tu és, na verdade metade paixão e a outra apenas metade, sim, tu és a água escondida da gruta
Simplesmente um temporal de mistério na tarde calma, que viajo, que me vejo, que um tanto desejo
Quem és tu? Quem serás ao amanhecer? O que seremos nós ao anoitecer neste planeta, neste sonho?
Não há sonho sem vida, nem vida sem sonho, se assim for os sonhos serão apenas passos apressados e a vida, apenas uma noite mal dormida
Não é fácil ler em teus olhos, decifrar os enigmas que um dia eu pude ver, mas jamais os interpretei
Como um livro escrito em outro idioma, as palavras são vistas, mas não podem ser lidas
Nunca sei por onde atravessas as estradas, como chegas, onde vais, que condução tu tomas
Você vai e volta, mesmo assim nunca volta e também não vai, como um trem que todos os dias vaga nas mesmas estações
Eu sinto, sim, eu posso sentir a maldita alegria, correr minha veias até descansar na minha mente e tomar-me totalmente o peito
Tuas inverdades de repente, desembarcam em minha mente como se verdade fossem, como se explicasse o inatingível
Mas eu acredito, sim, eu sei que a luz, a luz um dia brilhará no meu caminho e me mostrará o caminho certo a seguir
Eu não fugirei do horizonte, da fonte, ou do luar encantador desse novo lugar e sempre há, sempre há um jeito de amar
Mesmo entre as nuvens mais escuras o sol virá e tudo aquecerá, terra, mar e qualquer som que eu puder criar
Quem sabe minhas palavras deixem de ser novamente palavras e deixem de ser eu, deixem e deixem ser o que for
Sim, dependerá de um passo, de um posso e a vida nos ensina, nos leva, nos lava, nos leva...
Ana Maria
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